Hoje me veio uma saudade imensa daquele tempo em que escrever era uma atividade cotidiana, complementar das horas diárias. Inspiração e palavras me transbordavam e assim eu dava continuação. Mas logo me surgiu um pudor desnecessário, uma preocupação em divulgar em primeira pessoa aquela confusão interna. O espaço ficou pequeno e tudo precisava de uma explosão.
Tem muito dentro de mim que desconheço, ou conheço assim só de vista. Não costumo ser amiga confidente dos meus sentimentos. Um maquinista que guia tantos vagões com a carga que ele nem sequer sabe lidar.
Incerto, amanhã não mais. Quero agora, cinco minutos é passado.
Queria a certeza como companheira, mas certamente dispensaria o acompanhamento. A bagagem é pesada demais e às vezes é preciso coragem para abandoná-la nas esteiras transportadoras. Coragem não é preciso, é um mergulho na imprecisão.
Escrevi ao som de Transatlanticism repetidas vezes e me surgiu uma vontade de cantar I need you so much closer... pra vida! So come on.